segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

POEMAS DE NATAL

O MEU ROTEIRO

No rumo que me conduz
De amigos a cada canto
Que chegue a todos a Luz
Menino do meu encanto.

Numa mensagem divina
Do Brasil a Portugal
Luz que a todos ilumina
Minha Luz Celestial!

E por esse mundo inteiro
Amigos que quero tanto
Jesus, seja o Mensageiro
Que chegue a cada recanto

E o Menino encantador
Tem p’ra mim encanto tal,
Nessa mensagem de Amor
A mensagem de Natal!

SAUDAÇÃO AMIGA

Sei que o Natal é lembrança
Que nos traz muita emoção
Na alma há sempre a criança
Dos tempos que já lá vão
Nessa passagem da vida
Uma boa companheira
E imagem renascida
No calor duma lareira
Por mais que se sinta afectos
P’los filhos do nosso amor
Entre amigos mais dilectos
- Vivam na Paz do Senhor!
Ele, que foi soberano
O Jesus a quem venero
Dê aqueles que mais quero
Ao amigo mais sincero
De Paz um grande Oceano

Um oceano infinito
Onde uma gaivota voa
E lá no céu abençoa
Num regresso que acredito
Para dizer o que sente
Num breve comunicar
Descendo do Oceano
Onde cabe o Verbo Amar
Nesse Mar azul, profundo
Toda a riqueza do Mundo
Para dar ao ser Humano.

MENINO FEITO LUAR


Eu tenho dentro de mim
Na minha forma de amar
Meu Anjo! Meu querubim!
Menino feito Luar!


No meu Natal de criança
Num oceano sem ter fim
Quantas marés de esp’rança
Eu tenho dentro de mim!

Lindos sonhos relembrei
Na força deste meu mar,
Menino Deus – o meu rei
Na minha forma de amar!

Tinha sempre o seu altar
Tal como a flor do jardim!
Que eu adorava enfeitar...
Meu Anjo! Meu querubim!

A iluminar meus passos
A estrela a iluminar
A embalar nos meus braços
Menino feito Luar!

MENINO MEU ASTRO REI

Menino, meu astro rei
Meu Menino Imaculado,
Contigo sempre estarei
Tenho-te sempre a meu lado

Menino, meu astro rei
Minha estrela cintilante
No rumo que eu tracei
A Fé é força constante!

Menino, meu astro rei
Minha rota, meu fanal
Pelo teu mar levarei…
A mensagem fraternal!

Menino, meu astro rei
Meu lindo botão em flor,
No canteiro que plantei
Desabrochando em Amor!

*********
Menino, meu astro rei
És nosso amigo leal
Pra Ti sempre cantarei
Poetas … cantai Natal!

Menino, meu astro rei
Num roteiro universal
Os poetas louvarei
Poetas … cantai Natal!

Neste elo de amizade
Fazei um lindo coral
Seja um canto de saudade
Poetas … cantai Natal!

Num canto tradicional
Com nosso amor sem medida
Poetas… cantai Natal
Na mensagem renascida!

MEU MENINO UNIVERSAL

Meu Menino Universal
Um mundo por Ti erguido
Afasta da Terra o mal
Ó Meu Menino Querido!

Senhor Rei do Universo,
Eu sigo tuas doutrinas
Seja num salmo ou num verso
Que meu caminho iluminas!

Minha Paz! Minha oração,
Em que nunca és esquecido
Pois é grande a devoção
Que trago no meu sentido.

De cada amigo um irmão
É a Lei que Tu me ensinas
Que tenho no coração
Tuas mensagens divinas!

Ó Menino Universal…
Dá a Paz ao Mundo inteiro
Que seja sempre Natal
E Tu nosso Mensageiro


NATAL DE FÉ

No Universo desta vida…
Natal – um astro de luz
Na mensagem renascida,
No caminho de Jesus!

Procuro a Luz da Verdade,
Que sempre me traz erguida
Num roteiro de Unidade,
No universo desta vida

Procuro a Luz da Verdade,
que sempre me traz erguida
Num roteiro de Unidade,
No Universo desta vida!

Na imensa trajectória…
que a Fé em Deus me conduz
Eu vejo no Rei da Glória
Natal – um astro de luz!

Naquela humilde choupana,
a Família mais unida…
De Amor puro, soberana
na mensagem renascida,

A mensagem está presente
Nesse amor que me seduz
Que tem a força do Crente,
no caminho de Jesus!

*******
No Universo desta vida…
Natal – um astro de luz
Na mensagem renascida,
No caminho de Jesus!

NATAL DE FÉ

Se eu pudesse voltaria…
Apenas tenho a lembrança
Ontem sonho, a fantasia…
Natal é ser a criança!

Hoje, criança crescida…
Vejo um mundo mais real
Na mensagem renascida
Terna, pura, angelical…

Pelos caminhos da vida
Caminho com confiança
Nessa mensagem sentida
Um renascer de esp’rança!

A esp’rança alimenta a Fé
Trazida a cada Natal…
Em Jesus de Nazaré,
Numa Paz Universal!


*****

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ONDA POÉTICA

É já no próximo dia 20 de Outubro de 2009 que recomeça - O Espaço de poesia - "Onda Poética" - que estará no ar todas as terças-feiras das 18:00h às 20:00h.
Rádio Gilão, Sotavento Algarvio, "Onda Poética", com Maria José Fraqueza, Jorge Ferro Rosa, Brito Dias e Sérgio Miguel. Bastando sintonizar: 94.8 Fm/98.4Fm.
É um Espaço de Poesia, Literatura, Música e conversa com o auditório. Música, entrevistas, divulgação de poetas, músicos. Liga 281 320 240. Aguardamos por ti partir do dia 20 de Outubro próximo PS. Podes ouvir esta Emissora directamente pela Net em: http://www.radiogilao.sdv.pt/ .
Até breve!

domingo, 13 de setembro de 2009

CONVENÇÃO DO DISTRITO ELISTA SUL Nº 28

A Presidente do Elos Clube de Faro e a nova Governadora do Distrito Elista Sul, após a Convenção foi feito um intervalo, para um lanche e a reunião prosseguiu com uma tertúlia poética.


O Elos Clube de Faro, foi o clube anfitrião da Convenção do Distrito Elista Sul nº 28, que se realizou em 11 de Setembro, pelas 16:00 horas, no Hotel Faro, com a presença dos Elos Clubes de Faro, Olhão e Tavira. No decorrer dos trabalhos foi discutida a conjuntura do Elismo regional e eleita por unanimidade e aclamação, a nova Governadora Distrital, a C.E. Maria José Fraqueza, membro do Elos Clube de Faro, poetisa de mérito internacional e que muito tem contribuído para a difusão da língua e cultura portuguesa.
SER ELISTA

Ser Elista é sentir meu Portugal
A bater no meu peito, docemente
É ter no coração sempre presente
A nossa bela língua universal!

É dar-se em amizade fraternal,
Sentir dentro de nós a chama ardente
Num esvoaçar de asas, livremente
Sentir que o nosso mar é imortal!

É como sentir no peito a caravela
Que neste sonho será sempre aquela
Que me leva a transpor a maresia…

Ser Elista, afinal é tudo isto
Levar por diante a Cruz de Cristo
Na roteiro mais belo da Poesia!

domingo, 6 de setembro de 2009

MARIA JOSÉ E O FADO

LOUVO O FADO

Louvo o Fado e os fadistas
Que cantam por vocação
Louvo a Arte e os Artistas
Que cantam com o coração.

Louvo a guitarra a trinar
Louvo o belo Trovador
Louvo quem a faz vibrar
Louvo todos com Amor!

Louvo a Saudade que vibra
Nas cordas dum instrumento
Louvo o cantor que tem fibra
Quem canta com sentimento.

Louvo a pauta musical
A voz que sai da garganta
As vozes de Portugal,
O Povo que tão bem canta!

Louvo aqueles que à partida
Jamais deixam de cantar
Louvo a mensagem sentida
Que faz do Fado um altar!


Rui Tenório acompanha Maria José Fraqueza no Fado, Restaurante Adega Nunes, no sítio dos Machados, perto de S. Brás de Alportel.
Maria José Fraqueza, Jorge Ferro Rosa e Gisela Alves Sinfrónio



Maria José Fraqueza, Jorge Ferro Rosa e Margarida Neves, no Restaurante "Adega Nunes".

terça-feira, 1 de setembro de 2009

REPORTAGEM FOTOGRÁFICA

Numa noite maravilhosa na Adega Nunes, em São Brás de Alportel Sitio dos Machados, aconteceu poesia, fado e acordeão ao vivo.

Maria José Fraqueza cantando o fado acompanhada por Rui Tenório.


Na foto abaixo, o Jorge Ferro Rosa com o seu acordeão ao lado das amigas Maria José Fraqueza, Gisela Sinfrónio, Margarida Neves e Marcelo.


O incansável artista Jorge Ferro Rosa que no seu acordeão, numa actuação brilhante fez vibrar a música popular algarvia.



Continuando a reportagem fotográfica feita por Jorge Ferro Rosa vamos entrar na:

CASA MUSEU DE MARIA JOSÉ FRAQUEZA

Maria José Fraqueza junto dos seus trofeús.



Um quadro poético da sua autoria - tela a óleo



Troféus conquistados pela Maria José Fraqueza, presentes no Sport Lisboa e Fuseta.



Na sua Casa Museu troféus indivduais:


Casa Museu - Estante de Livros e Colectâneas


ASPECTOS DA ENTRADA NA CASA MUSEU





NA SALINHA DE ESTAR


NA SALA DE TROFÉUS

EXPOSIÇÃO DAS MARCHAS POPULARES E TRAJES






Na minha casa museu
Há para ti um lugar
Um lugar que é também teu
Quando quiseres visitar
Um porta sempre aberta
Ao amigo de verdade
E que terá pela certa
A minha grande Amizade!
Tudo faço por amor.
Da cultura e da poesia
Onde expresso o valor
A minha alma algarvia.
Não te esqueças meu amigo
Do pedido que te faço
Porque a todos vós bendigo
Em tudo aquilo que faço.
Maria José Fraqueza
Fuseta, 1 de Setembro de 2009

domingo, 30 de agosto de 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

PRÉMIO INTERNACIONAL DE POESIA

AO POETA QUE AMOU O MAR DA SUA TERRA,
TAL COMO EU AMO O MEU MAR

MAR INFINITO, este mar que me rodeia… a toda a hora me persegue

e me leva a rotas indefinidas, horizontes sem limites, porque a minha
poesia é mar, nascida nas ondas, envolta em algas verdes e redes de
corais da minha fantasia… e o sonho faz-me percorrer ao sabor das
marés, no seu vai vai-vem continuo, incessante. As ondas ninguém
as pode segurar, ninguém as detém… e eu vou com elas, por esse
mar infinito, que me abre as portas da alma...
2º PREMIO - POESIA CLÁSSICA - MEDALHA DE PRATA

ATRIBUIDO PELA ACADEMIA SANTISTA DE LETRAS

CASA DE MARTINS FONTES


SANTOS – SÃO PAULO – BRASIL


PRISIONEIRO DAS ONDAS

O mar foi o teu berço embalador
Aprisionaste as ondas uma a uma
E a poesia rendilhada de espuma
Beijando a linda pauta desse amor!

A carícia que afaga o escritor…
Nesse mar que no peito se avoluma
Tão suave, tão leve… como a pluma
Exalando o perfume duma flor!

Na barca do amor, junto ao convés…
Exalando o perfume das marés,
Erguendo o seu mais nobre pedestal

Quero louvar-te em teu aniversário
Porque do mar fizeste o relicário,
Como esse Mar Poeta és Imortal!


Maria José Fraqueza




sábado, 4 de julho de 2009

BRISAS DO SUL . NOTICIAS

CASA MUSEU DA PROFESSORA MARIA JOSÉ FRAQUEZA.
Simples, fica na Rua Teófilo Braga, na Fuzeta. É um local digno de ser visitado por se tratar de um espaço cultural onde se pode apreciar um pouco do passado artístico de uma mulher, que à cultura dedicou quase toda a sua vida.
Conheci a Maria José Fraqueza na Escola Industrial e Comercial já a fazer Teatro, a cantar o fado e as canções da época. É uma grande senhora que tinha um sonho e já o viu realizado. No imóvel onde nasceu a poetisa, ergue-se agora a casa Museu Maria José Fraqueza.
O espólio cultural que está patente na Casa Museu é de valor enorme e dele constam primeiras edições de obras da proprietária, em prosa e em verso, documentação referente a colecções de concursos literários por si realizados, poemas em caligrafia artística, pinturas a óleo, cassetes e cds de assuntos variados, mas sobretudo conteúdos das marchas populares, teatro, grupo de cantares e muitos outros trabalhos feito pela autora.
De entre os objectos mais significativos que constam na Casa Museu é da maior justiça destacar o guarda-roupa usado como madrinha das marchas populares, além de álbuns fotográficos e diplomas. De futuro, a Casa vai realizar actividades culturais, Poesia e Prosa, concursos literários, exposições, vai ter um espaço de leitura para crianças em idade escolar, indo ao encontro do espírito de cooperação da escritora.. É um espaço aberto a quem o deseje visitar, sem fins lucrativos e, enquanto vida, da responsabilidade da autora.
A Casa Museu é o local onde nasceu a autora, de construção típica algarvia com açoteia e com pequenas divisões, com clarabóia ao centro das abóbadas, um corredor lateral e duas janelas para a rua. Na sala principal estão expostos os troféus da poetisa, como diplomas de várias actividades culturais, telas da autora, exposição de medalhas e prémios diversos e uma mesa onde constam as suas obras individuais e colectivas.
No quarto onde a poetisa nasceu ainda lá está a cama do casamento da avó materna e uma tela da autoria da poetisa. Por toda a casa existem testemunhos artísticos legados pela autora, como pinturas em tela e documentos de poesia em caligrafia artística.
A maior homenagem que se pode prestar a esta escritora e mulher, é dizer que a arte nasceu com ela. Não há problemas de espécie alguma quando se lhe colocam assuntos que sejam da sua área de actuação, nomeadamente, no campo das artes.
Sempre a conheci com a mesma juventude dando tudo de si aos outros. E sempre com um sorriso de vitória, porque a Maria José Fraqueza é uma vencedora. E uma amiga também. A cultura portuguesa agradece a sua dádiva e os inúmeros prémios com que tem sido agraciada, são precioso testemunho da sua grande capacidade artística. Digamos que a Casa Museu é a criação do local ideal e justo, onde toda a sua produção artística foi exposta e pode ser apreciada por todos aqueles que se interessam pela cultura popular ou erudita.
E é por tudo aquilo que tem produzido no campo das artes, que me leva a endereçar-lhe, convictamente, os meus sinceros parabéns e pedir-lhe que continue, por favor..
Viva a arte, outra viva aos artistas e outro viva ainda à Maria José Fraqueza..

Texto de João Brito Sousa

quinta-feira, 25 de junho de 2009

MARIA JOSÉ FRAQUEZA HOMENAGEADA PELOS COSTELETAS


POEMA DEDICADO AOS COSTELETAS PELA MARIA JOSÉ FRAQUEZA
Dedicatória a todos os costeletas que ainda fazem desta geração uma geração querida
GERAÇÃO DE OURO

Ó linda geração, geração de ouro
De quantas gerações ali vividas…
Em que hoje, alguns deles são pelouro
Que enchem de saudade nossas vidas!
Lembrarei toda a vida esse tesouro…
Quantas horas por nós ali sentidas!
Que posso hoje dizer, sem desdouro
Daquelas brincadeiras, das partidas!

Horas da infância! Da mocidade…
Dos mais belos encontros na Cidade
De horizontes algo limitados…

É tão bom recordá-los nesta hora…
Tão diferente a vida de outrora!
Que nós somos eternos Namorados!

HOMENAGEADOS NA GALA ANUAL DOS ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA TOMÁS CABREIRA
No dia 13 de Junho no Forum do Hotel D. Pedro Golf-Vilamoura, realizou-se mais uma gala anual da Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira.
Com a sala cheia de associados (os famosos costeletas) vindos de todo o país foram horas de recordações, de um convívio impar onde a amizade nos fortalece, porque na verdade por aquela escola passou na verdade uma geração de ouro.
Foram homenageados os costeletas:

- Desidério Silva - Presidente da Câmara Municipal de Albufeira;
- Francisco Leal - Presidente da Câmara Municipal de Olhão;
- Maria José Fraqueza - Poeta e escritora;
- Vasco Gil Mantas - Professor na Universidade de Coimbra e cientista

Os homenageados no uso da palavra fizeram o seu agradecimento à Associação pela distinção de que foram alvos, tendo salientado os ensinamentos colhidos na sua escola que fizeram deles uma geração que preserva os valores educacionais e morais que muito nos honra.
VERSOS DEDICADOS AOS COSTELETAS
AS MINHAS LEMBRANÇAS

Recordo aquela criança
Que um dia com carinho
Pregou ao peito um lacinho
Que traçou o caminho
Aquela rota de d’esp’rança
Um rumo que a vida alcança!

Aquela bata branquinha
Aquele laço de bolas
A distinguir as escolas
Nesta lembrança tão minha
Dum tempo por nós vivido
E jamais será esquecido!

Na ânsia sempre crescente…
Em poentes de ternura…
A criança de alma pura
A nossa alma inocente…
Havia dentro da gente
Tal como a bata a brancura!

Tempo de brincadeira
Que não voltam nunca mais
Serpa Pinto, Tomás Cabreira
A história e seus anais
As lindas historietas
De Bifes e Costeletas!...

Crianças endiabradas…
Recordo querido Valadas
Entre professores antigos
Ah! Tempo de Mocidade!
Hoje resta-nos a Saudade!
Mas seremos sempre Amigos!

FRATERNIDADE! VITALIDADE! SOLIDARIEDADE

Eu queria fazer o mais belo poema
Para dedicar a todos vós
Com a força que vem dentro de nós…
Fraternidade! Vitalidade! Solidariedade!
Três virtudes do nosso lema
Que a nossa união seja o diadema
A nossa maior coroa de glória…
Da escola, onde nasceu a nossa história
No berço embalador… o nosso emblema!

No berço de amor da mocidade
Por lá passaram para posteridade
Ministros, doutores, poetas e artistas
Professores, escritores e jornalistas
E grandes Homens de Verdade…
A demonstrar, estaremos em unidade
Nesta força que há-de ser continuada
A nossa associação, será perpetuada
Nos caminhos vindouros da Saudade!

Bons tempos serão sempre recordados…
Desde as horas saudosas da brincadeira
Da Escola aos Jardim de Namorados…
A Alameda… um paraíso verdejante…
Pulmão da Escola Tomás Cabreira
A lembrança eterna do estudante!
E neste maravilhoso recordar…
Um mundo de flores a desabrochar
Renascem dentro do meu peito amante!

Fraternidade! Vitalidade! Solidariedade!
Tudo quanto aprendemos na cultura
Ao que nos fica na nossa alma tão pura
Tudo o que fortifica uma amizade
Tudo o que a criança em embrião
Traz na caixa do seu coração
Onde se acendem laços de ternura
Que a vida se prolonga além da vida
Na criança que é sempre Renascida!

ESCOLA DE FARO, MINHA AMADA!

Escola de Faro!
Saudades da Infância
Parto contigo na ilusão
Escola de Faro
Saudades de ti,
Dum tempo que vivi
Levo contigo o meu coração
Tempos de menina
Tempos de criança!
Os sonhos risonhos, dispersos
Nos meus humildes versos
Também és musa inspiradora
Tu tens a força motora
Que me ensinou a conduzir
Na rota do meu porvir!
Em ti aprendi a viver
A ser alguém
Escola, minha amada
Eu vou de retirada
Mas quero voltar
Quero partir sem te deixar
Escola de filhos e de pais
As horas que vivi são imortais
A lembrança dos meus amigos leais
As folhas duma era que não volta mais
Tu, tens para mim todo o valor
O renascer duma flor!
Foste o meu berço embalador
Esteja onde estiver
Estas na minha lembrança
Nos meus sonhos de Criança
E no meu coração de Mulher!
Serás eternamente recordada!
Escola de Faro minha Amada!






segunda-feira, 22 de junho de 2009

RIO QUE CORRE...

Corre o rio para a foz
Entre margens verdejantes
Há algo dentro de nós
Que nos torna seus amantes
Galgando o desfiladeiro...
Seu caudal é uma benção
Este rio é o mensageiro
É o lindo Rio Gilão
Vem Tavira beijar
Neste beijo de ternura
Na rota do Verbo Amar!

Quem bordou as tuas margens
Desse verde cor d’esp’rança
Que dá beleza às imagens
Que a nossa vista alcança!
Não revelando segredos
Nem os conta à própria ria
Musa dos meus sonhos ledos
És a beleza Algarvia!

DEIXEM O RIO CORRER...

Deixem o rio correr...
Nunca lhe travem a corrida
Ele é força de viver...
Ao ritmo da própria vida!

Deixem fazer sua volta
A correr alegremente....
Deixem o meu rio à solta...
Como vem lá da nascente!

Assim à sua maneira
Deixem-no em liberdade
A cantar p’ra a vida inteira
Este Rio é de Amizade!

HINO DE AMIZADE

A amizade é um dom
A falsidade é um espinho
Procura pois no caminho
A virtude de ser bom…
A amizade é carinho!

Deitar sementes à terra
À terra dos sentimentos
Uns provocam a guerra
Outros os ressentimentos…

Perdem-se umas no caminho…
Nem sempre se tem produtos
Há raízes de mal daninho…
Nem sempre se colhem frutos!

Não é bom quem não confia
E mau é, quem não venera
É um fruto de valia…
Falsidade, é vã quimera

Tu tens essa regalia,
Dentro do teu coração
Amizade é simpatia…
Que sentes p’lo teu irmão.

A mais bela sementeira
Que se dá sem exigir…
Para se dar a quem queira
Nossa Amizade a florir…

A amizade à distância,
Não desilude quem espera
Quem confia, quem venera
Renasce na nossa infância.

A vida pode parar
A vida deixa saudade
Mas a Amizade sim,
Nunca se aparta de mim
Tem no coração um Altar!

É do Amor a promessa
Da paixão continuadora
Vive e não se confessa
E é tão prometedora!

Na fusão dos sentimentos
Ela nada complica
Assiste a todos os momentos
E no coração nos fica!

Se eu pudesse mandar
Toda a riqueza da Terra
Para os pobres ajudar…
Eu acabava essa guerra.

Guerra de ódio e falsidade
Que domina o mundo inteiro
Minha pobre Humanidade
Sem ter amor verdadeiro!

Dinheiro, cheques, capitais
Numa luta sem igual
As posições sociais…
Não passam dum pedestal!

Não valem esse tesouro!
Em voos de liberdade…
Eu poria em Trono de Ouro
A Verdadeira a Amizade!

ONDAS DE BRANCURA

Ondas de ternura beijam minha praia
Vejo ao longe… brancas velas de bonança!
O Sol - astro rei, no poente desmaia…
Surge a noite e nova luz a vista alcança!

E no firmamento a Lua já ensaia…
O brilho dos astros no alem avança….
Manto divinal no lindo céu se espraia
Pulsa o coração travesso de criança

Num espaço astral risonha a Lua Cheia
E a musa lá do alto duma açoteia
De luzes e aromas, mais iluminada
Nos lembra com saudade a velha aldeia

Um céu de Luar! Um sumptuoso manto
Veste o meu Algarve o traje ideal
Há sonhos de magia a cada recanto
Surgem deusas em desfile nupcial!

Espalha-se um véu do mais belo arrendado
Contrastes de luz de brancura infinita
Lembra meu véu saudoso de noivado
Nessa amendoeira branca mais bonita!

Remoçam os troncos da velha rainha
Nas serras, na paisagem ao abandono
Que essa amendoeira por vezes velhinha
Lembra a rainha que perdeu seu trono!

Aqui e acolá … a paisagem extasia
Tons brancos e rosa no seu esplendor
Fazem ressaltar a cor, em harmonia
Um cortejo com suas damas de honor

Orgias de amor na bela paisagem
E a Terra parece sair dum exílio
Da Mãe Natureza a mais bela imagem
A noiva em flor entra em novo idílio

A lembrar a noiva doces em esponsais
Como Primavera em flor mais radiosa
Os rios e fontes enchem seus caudais
Na terra algarvia, sonhos cor de rosa!

Sobre o verde… as pétalas vão cair
Desta musa branca, bela, passageira
Deixem o meu Algarve sempre a florir
Plantem a linda flor de amendoeira!

QUERO PEDIR

Quero pedir às nuvens a frescura
Quero pedir ao Sol, luz e calor
Quero pedir aos homens a ternura
Quero pedir a Paz ao Criador!

Quero pedir aos mares o frescor
Quero pedir às flores colorido
Quero pedir ao astros o fulgor
Quero pedir à folhagem meu vestido

Quero pedir ao oceano os corais
Quero pedir a voz ao vento
Quero pedir à vida irmãos leais
Quero pedir ao mundo os mandamentos!

Quero pedir aos anjos um lugar
Quero pedir à Lua a claridade
Quero pedir a Deus um bom lugar
Quero pedir amor à Humanidade!

MENINO DE TODAS AS CORES

Olha a pomba que esvoaça
Naquele lindo pombal...
É como nuvem que passa
Que não escolheu a raça,
Num mundo feito desgraça
O Menino universal.

Olha a criança faminta,
Sofrendo fomes, horrores
Menino, embora eu sinta
Que és a mais bela das flores
O mundo é que te pinta...
Menino de todas as cores!

São papoulas coloridas,
Numa seara sem pão
São dourados como o ouro,
Lindas espigas vestidas
Que guardo como tesouro
Dentro do meu coração!

Menino que Deus te deu
A cor escura do breu
No Universo soberano
No céu há estreals belas
Menino, és uma delas
Ó Meu Menino Africano!

Menino, que pátria a tua?
Se não agarras a Lua...
Nem o Sol com a peneira
Que importa a cor vermelha,
Que à fogueira se assemelha?
És calor duma lareira!

Menino de todas as raças
Menino que tento passas
que a minha alma te enleias
Negro, vermelho, castanho...
Eu pertenço ao teu rebanho,
Tenho teu sangue nas veias!

sábado, 11 de abril de 2009

CANTANDO MAR

EU, O MAR E OS MEUS POEMAS
MAR INFINITO, este mar que me rodeia… a toda a hora me persegue, que me leva a rotas indefinidas, horizontes sem limites, porque a minha poesia é mar, nascida nas ondas, envolta em algas verdes e redes de corais da minha fantasia… e o sonho faz-me percorrer ao sabor das marés, no seu vai-vem continuo, incessante. As ondas ninguém as pode segurar, ninguém as detém… e eu vou com elas, por esse mar infinito, que me abre as portas da alma…
É um Mar Infinito onde navega um veleiro de saudade, que me transporta, que me leva ao encontro dum oceano sem fim… e neste roteiro, não direi que “a minha rua tem o mar ao fundo” mas sim que: no meu berço fui embalada pelas ondas do mar e adormeci ao som das suas cantigas, porque o mar canta p’ra mim a toda a hora”

MAR INFINITO

Ó Mar do meu Amor! Mar Infinito!
Mar dos meus sonhos, lendas, epopeias…
Mar que trago teu sangue em minhas veias
Mar que eu adoro, choro, canto e grito!

És poema que emerge no conflito…
Na magia das ondas e sereias…
És tu meu velho amigo, que me enleias
Nas horas deste sonho em que medito!

E quando as ondas batem no meu peito
Desperta o teu cantar, amor perfeito
Que me arrasta ao sabor da maresia…

E neste horizonte ilimitado…
O mar canta p’ra mim um lindo fado
No roteiro infinito da Poesia!
EU CANTO AO MAR

Eu canto ao mar dos bravos navegadores
Que o Mundo percorreram sem cessar...
Eu louvo esses bravos, sem temores
Que ultrapassaram terras de Além-Mar!

Eu canto aos meus heróis, dou meus louvores
Que venceram ferozes ondas do mar
E ás lágrimas de sal e dissabores...
Eu canto à Virgem-Mãe no seu altar!

Eu canto à minha Santa Padroeira
Que foi doce e fiel, a companheira
De cada rota incerta pelos mares...

Numa onda que reclama mais bravia
Oferto minhas flores de maresia
E louvo Portugal nos seus altares!

A BARCA DOS SONHOS

Além do mar azul...o que haveria?
Interrogava o moço aventureiro...
Seu sonho estava ali... a corpo inteiro
E o seu olhar ansioso percorria...

A barca dos sonhos, construía...
Inventara mil velas no veleiro...
Só tendo mar e céu por companheiro
Um algarvio audaz o mar vencia!

Descobrem novas rotas, continentes
Raças, religiões, bons combatentes
E desfazendo lendas monstruosas...

Abrem portas ao Mundo sem cessar...
Descrevendo um roteiro, p’ra nos dar
Dos espinhos do mar, um mar de rosas!
MEU ALGARVE

Meu Algarve, estarei sempre contigo,
Na saudade, na paz.... e na distância
No castelo dourado, onde me abrigo
Nessas manhãs de oiro da minha infância!

Das açoteias brancas, não consigo
Deixar de ver o mar...na minha estância
A espreguiçar-se nelas, o bom figo
Terra de figueirais em abundância!

Costa de oiro, do meigo mar ao sul...
Beijam-te as musas... vestem-se de azul
Nas ondas que me levas aos confins...

Meu Algarve! Não percas teu segredos!
Tens lindas ilhas, praias e rochedos...
Na beira-mar... os mais belos Jardins
MEU PORTUGAL ETERNO

Tanta foi a tormenta e a vontade,
Dos nobres e valentes marinheiros
Só tendo Céu e Mar, por companheiros
Venceram ondas com heroicidade!

Somente a Fé em Deus na unidade
Nas rotas de mais luz dos mensageiros
Guiados p’las estrelas, seus luzeiros...
E o coração batendo de saudade!

Saudades! Lembranças do seu lar…
Esta alma portuguesa ao regressar
Acalma sua dor por mais sentida...

É que lá longe... firme o pedestal
Ergue-se nosso herói sempre imortal
De Portugal Maior, além da Vida!
RAINHA DO MAR, MINHA COMPANHEIRA

Rainha do mar, minha companheira
És Senhora das Ondas, das marés...
Na terra e no mar, uma vida inteira
Protectora do Mundo, também és!

Do famoso rincão - és Padroeira
A Fuzeta que tem, mar a seus pés
O pescador sente a onda mensageira
Que vem banhar a terra lés-a-lés!

És Senhora das Ondas, por condão
E o homem do mar, por devoção...
Ergueu um pedestal em sua ermida!

E nessa capelinha feita outrora,
Ano após outro ano, ele comemora
A Virgem Salvadora, A Mãe Querida!
A PARTIDA

Partiste para além do mar infindo…
Uma partida é sempre receada,
É como derrubar um mundo lindo
É como naufragar sem ter morada!

É lutar com o mar em desatino
É sentir sua barca destroçada
Aguardar com ânsia seu destino
Ou acordar à luz duma alvorada?!

Mas porque vejo a noite sem estrelas?
Porque me abandonaram todas elas?
Tão negra... na negrura dum açoite!

Não sei como vencer a solidão,
Arco-íris a fulgir no coração…
Que venha iluminar a minha noite!
OS MEUS VERSOS SÃO GAIVOTAS

Os versos que te escrevo são gaivotas
Retalhos d’ alma, tão lindo luar...
Num vai-vem incessante, eternas rotas
Constantes, num sublime regressar!...

Mensageiros de terras mais ignotas
São voláteis, no espaço de voar...
São eternas amantes mais devotas
Tecem segredos à beira do mar!...

Asas brancas, parecendo miragem...
E num céu de pureza, linda imagem
Soltam o mais belo hino, em despedida!

Versos que sinto junto ao coração
São gaivotas em bando, em união
Hão-de sempre trazer... regresso à vida!

A BARCA DOS SONHOS

Além do mar azul...o que haveria?
Interrogava o moço aventureiro...
Seu sonho estava ali... a corpo inteiro
E o seu olhar ansioso percorria...

A barca dos sonhos, construía...
Inventara mil velas no veleiro...
Só tendo mar e céu por companheiro
Um algarvio audaz o mar vencia!

Descobrem novas rotas, continentes
Raças, religiões, bons combatentes
E desfazendo lendas monstruosas...

Abrem portas ao Mundo sem cessar...
Descrevendo um roteiro, p’ra nos dar
Dos espinhos do mar, um mar de rosas!
PORTUGAL, TORRÃO QUERIDO

Portugal, minha pátria conquistada
À custa de homens fortes e valentes
Tu foste sempre heróica e libertada
Entre os cinco mais belos continentes!

Tu foste à beira-mar plantada
Tu vibras, amas, sofres, também sentes
Da história a página mais dourada,
Que por mar nos legou bons combatentes!

Povo navegador, mais altaneiro...
Que percorreu sem medo o mundo inteiro
Roteiros de oceanos, imortal…

Tens padrões, monumentos, castelos...
A lembrar descobrimentos tão belos
Deste Povo que canta Portugal!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O QUE É A POESIA


Mas o que é a Poesia?

Somente a arte de fazer versos?

Sabemos que não porque a sentimos dentro da alma a moldar os nossos sentimentos mais ínfimos, o estado de alma. A poesia afirma a verdadeira nobreza da alma, daquele que sente o sofrimento alheio, que vibra com as mágoas dos outros homens, de quem assume a defesa duma criança inocente que não tem pão, nem lar, do que ama a Natureza e quer combater a sua poluição, do que luta pela paz do mundo e da abolição das guerras.
Quem tem na alma a sua essência sente o mundo dentro de si, vê com olhos de ver um rio que corre, uma fonte que brota, uma flor que renasce… sente toda a problemática da vida que o rodeia, que marca profundamente o ser humanista, a criança especialmente. Na descoberta da sua sensibilidade, a relação das coisas, o poeta fica depositário de máximas e verdades evidentes a todo o saber, começa por aprender o belo, o autêntico, o verdadeiro e através da expressão recria imagens poéticas que elevam o espírito.
Ensinar poesia às crianças, a nível da terapêutica preventiva dos problemas da sociedade, fará com a sua criatividade se desenvolva sem atrofiamentos do imaginário.
Ensinar poesia às crianças é uma prática benéfica e ilimitada que permite o desenvolvimento da língua, sem que se promovam actividades de recurso no desenvolvimento de potencialidades escondidas. Por isso devemos exercitar a leitura de textos poéticos e dar espaço à sua criatividade.
Quando se faz poesia de criança, porque a criança ao nascer já faz poesia quando sai do ventre materno onde a primeira expressão oral é o choroa lágrima é a maior expressão poética da alma humana

Para mim a poesia tem muito valor e peso desde criança. Nela encontrei o refúgio do pai que não tinha com quatro anos de idade, dizendo ao papel a minha angústia , o meu estado de alma. A poesia exerce sobre nós o efeito dum bálsamo consolador, desenvolve a personalidade, a ânsia de libertação. Poesia é comunicar, não é um acto de emparedar, não é sal esterilizador, mas é adubo. Floresce, germina, mas não nasce me vão…. A poesia nasce para partilhar, é a música da alma, é para ser ouvida, escutada, amparada… Na poesia há muitas vezes um grito sufocado que se enclausura nas gavetas porque a sociedade em que vivemos não escuta a voz dos poetas. Diz-nos a Bíblia que “ninguém acende uma lâmpada para a pôr em lugar escondido, mas em lugar destacado, para que os que entram vejam a claridade. A poesia é luz. Se falar de poesia é difícil, falar de poetas é ainda mais complicado. E para não enclausurar na gaveta os meus poemas termino com …. Dos meus poemas, porque também nos objectivos que norteiam os elos há que escutar a voz dos poetas vindouros para a língua de Camões seja continuada. E não será demais dar voz aos percursores da arte divinal nossa língua – A POESIA

domingo, 29 de março de 2009

ABRIL POETICO


IDEAIS DE ABRIL


Eu gosto de correr em liberdade...
Quando a primavera entra subtil
Mais longe do bulício da cidade...
Para sentir em pleno o mês de Abril!
Admirar o céu num tom mais anil,
Caminhar pelos campos, livremente
Beber água das fontes, do cantil...
Sentir Abril florir, mais docemente!
As rosas perfumadas ao abrir...
Em carícias perdidas nos confins
E os cravos de Abril sempre a florir...
Desabrocham por todos os jardins!...
E toda a Natureza me domina...
Vibram sons que se perdem nos sentidos
O mais velho moínho na colina...
O pastor... o rebanho e seus latidos!
Abril renovado no meu sentir
Na tela de beleza multicor...
Lindas flores renovam seu sorrir
Dum cravo plantado com amor!
Surge por toda a parte a nova Luz...
Dum Abril que me chega ao coração
Nos ideais dum Cristo sem a Cruz...
Eu quero ver Abril nesta Nação!

A LIBERDADE

Se um dia eu agarrar a liberdade

Vou por aí prender o vento

Cantar vitórias ao relento

À liberdade a renascer…

Se um dia eu agarrar a liberdade

Hei-de deter guerras ferozes

As violências

Os abismos

As falsidades

A mentira

Se um dia eu agarrar a liberdade

Hei-de acender estrelas na minha mão

Sem tempestade de luar

Hei-de colher espigas douradas

Tirar espinhos do roseiral

Hei-de plantar …Sementes de Amigo!

Mas se um dia aprisionar a Liberdade

Irei depor no meu poema

As palavras que não escrevi

Que foram levadas

Foram lançadas

Esquecidas, perdidas

Amordaçadas

Guardadas, mutiladas

Em cofres de silêncio

Se um dia eu agarrar a liberdade

Renascem alvoradas…

E cantarei o meu meu Poema de Paz!

O QUE É A LIBERDADE

O que é a liberdade

Será a ânsia de amar?

Será a ânsia de voar…
De conhecer o infinito?

Será a ansiedade… de lançar este grito?
Será esta vontade…
De correr, saltar, pular…
sem espaços de luar?
O que é a Liberdade?
Soltar leve o pensamento?
Voar nas asas do vento?
Deixar soltar o lamento…
Ou ser apenas Eu?
Será apenas sentir …
dentro de mim o mundo?
Será sonhar em espaço solar?
Será o povo libertar…
das amarras do poder?
Será a ânsia do meu querer?
Liberdade, é tudo e nada…
É ser poeta com mão algemada?
É ser poeta de alma libertada,
Que um dia sonhou vir a Ser!

QUANDO...

Quando os homens chegarem ao Além

Na ânsia desmedida de voar...

Quando na terra não houver ninguém

Quando a miséria se transformar em Bem

Quando eu deixar de ser quem sou

Quando deixar de estar onde estou

Quando o vulcão, tudo desmoronar...

Quando as lavas atacarem de chofre

Quando no interior, há fogo e enxofre...

Quando a Terra tremer...

E rios de fogo derramar...

Quando se acenderem lanternas

Quando a cal os corpos inflamar...

Quando o Homem voltar às cavernas...

Quando os vermes lhe roerem as estranhas

Então o homem descerá p’las montanhas!

Quando o mar galgar a terra...

E o céu apenas nele se espelhar...

Quando no Mundo acabar a guerra

O Sol na Terra, voltará a brilhar!

Quando a miséria acabar...

Quando o Homem destruir a bala e o canhão

Quando acabar a prostituição...

Quando se fizer de cada homem um irmão

Quando acabar a Droga e a Sida...

Quando houver no mundo nova vida

Quando acabar o capricho e a vaidade...

Então o HOMEM... saberá viver em Unidade...

Não mentirá mais! Saberá usar a Liberdade...

Quando... Deus dominar com seu Poder

Então o Homem voltará a Renascer!

QUERO SENTIR A LIBERDADE


Esta ânsia que eu sinto de voar...
Será liberdade? Ou será anseio?
Ou o mundo que quero dilatar?
P’lo qual sinto enorme bloqueio!

Porquê oh! meu Deus!? Há gente sem lar...
Que tamanha dor, eu sinto em meu seio!...
Se o ser humano não souber amar,
Fará da liberdade um tiroteio...

E porquê esta dor tanto me oprime?
Se vivo no mundo entre droga e crime...
Com Cravos de Abril dentro do meu peito!

Nesse dia... chorei! Sonhei ter tudo!
A Liberdade com “pés de veludo”...
Não posso tê-la, num Mundo Imperfeito!