segunda-feira, 21 de abril de 2008

POEMAS DE ABRIL

Poemas de Abril de Maria José Fraqueza

A LIBERDADE

Se um dia eu agarrar a liberdade
Vou por aí prender o vento
Cantar vitórias ao relento
À liberdade a renascer…
Se um dia eu agarrar a liberdade
Hei-de deter guerras ferozes
As violências
Os abismos
As falsidades
A mentira
Se um dia eu agarrar a liberdade
Hei-de acender estrelas na minha mão
Sem tempestade de luar
Hei-de colher espigas douradas
Tirar espinhos do roseiral
Hei-de plantar …
Sementes de Amigo!
Mas se um dia aprisionar a Liberdade
Irei depor no meu poema
As palavras que não escrevi
Que foram levadas
Foram lançadas
Esquecidas, perdidas
Amordaçadas
Guardadas, mutiladas
Em cofres de silêncio
Se um dia eu agarrar a liberdade
Renascem alvoradas…
E cantarei o meu meu Poema de Paz!
O QUE É A LIBERDADE

O que é a liberdade
Será a ânsia de amar?
Sera a ânsia de voar…
De conhecer o infinito?
Será a ansiedade…
de lançar este grito?
Será esta vontade…
De correr, saltar, pular…
sem espaços de luar?
O que é a Liberdade?
Soltar leve o pensamento?
Voar nas asas do vento?
Deixar soltar o lamento…
Ou ser apenas Eu?
Será apenas sentir …
dentro de mim o mundo?
Será sonhar em espaço solar?
Será o povo libertar…
das amarras do poder?
Será a ânsia do meu querer?
Liberdade, é tudo e nada…
É ser poeta com mão algemada?
É ser poeta de alma libertada,
Que um dia sonhou vir a Ser!


QUERO SENTIR A LIBERDADE

Esta ânsia que eu sinto de voar…
Será liberdade? Ou será anseio?
Ou o mundo que quero dilatar,
Pelo qual sinto enorme bloqueio?

Porquê oh! Meu Deus? Há gente sem lar
Que tamanha dor eu sinto em meu seio!...
Se o ser humano não souber amar…
Fará da Liberdade um tiroteio!

E porque esta dor tanto me oprime?
Se vivo num mundo entre droga e crime…
Com Cravos de Abril dentro do meu peito!

Nesse dia… chorei! Sonhei ter tudo!
A Liberdade com “pés de veludo”
Não posso tê-la num Mundo Imperfeito!