sexta-feira, 28 de maio de 2010





Alma Algarvia - Apresentação na

Biblioteca Municipal de Olhão

O Elos Clube de Faro, procedeu à apresentação do livro
"Alma Algarvia" de Maria José Fraqueza, na Biblioteca
Municipal de Olhão, ontem, dia 27 de Maio pelas 18 horas.
A mesa de honra foi constituída pela Presidente do Elos
Clube de Faro, CE Dina Lapa de Campos, a autora
CE Maria José Fraqueza, Dra Alexandra Picoito da Junta
de Freguesia da Fuseta e CE José Luís Guedes de Campos,
Vice-Presidente do Elos Internacional da Comunidade
Lusíada.
Entre os presentes, encontrava-se a Presidente do Elos
Clube de Olhão, CE Armanda Dourado e a Vice-Presidente
CE Candida Cativo, a Presidente do Clube da Simpatia,
CE Gisela Sinfrónio.
A sessão foi iniciada com a apresentação da obra pela
CE Dina Lapa de Campos, referindo a importância
da mesma no contexto da cultura popular e da sua
transmissão para as gerações vindouras, não sendo
uma obra erudita é uma obra de consulta obrigatória,
para todos os que se interessam pela cultura do Algarve,
pelas suas gentes e seu sentir - a Alma Algarvia.
A palavra foi passada à autora com o pedida da leitura
do poema "Sou do Sul", que consta desta obra, e que
espelha o que é ser algarvio e viver neste "cantinho" à
beira-mar e sentir oAlgarve. A autora referiu o contexto
em que a obra foi realizada, recolhas efectuadas ao
longo da sua carreira como professora e do seu contacto
como escritora e poetisa com o povo da sua terra. Referiu
ainda a forma como organizou as Alcunhas e Apelidos,
salientandoa importância que o Prof. Joaquim Magalhães
deu à construção da rima, em que de uma forma
lúdica se pode construir poesia que conta a História e a
vivência de um povo.
A Dra. Alexandra Picoito, também professora de Português,
saudou a autora pela sua obra e pela permanente
disponibilidade para acompanhar os jovens nas escolas
e pelo exemplo devida e dedicação à arte de escrever,
pela conterrânea e amiga Maria José Fraqueza.
Como professora de Português, referiu a forma como
os seus alunos descobrem que na sua terra existe
uma poetisa e escritora, desconhecida dos manuais escolares,
com tal dimensão que ultrapassa fronteiras, como é patente
nos troféus e prémios expostos na sua Casa-Museu.
A terminar a apresentação da obra usou da palavra o
CE José Luís Guedes de Campos, que agradeceu ao Elos Clube
de Faro, em nome do Elos Internacional, o empenho desta
unidade elista na prossecução dos objectivos do movimento
elista e salientou a importância da obra como legado
às gerações vindouras e o papel deste livro, como arquivo
da memória colectiva de um povo, salientando que esta obra
é de interesse fundamental para as bibliotecas escolares.
Salientou ainda a criatividade da autora e carácter multidisciplinar
da sua escrita, porque quer na poesia, na prosa, teatro e música
a sua obra é excepcionale de referência.
A terminar, os acordeonistas Isolina Granja e João Nascimento
interpretaram o tema "Alma Algarvia", do folclore algarvio.
Sejamos felizes por transmitirmos o que nos foi legado.

Postado no Portal da Lusofonia por José Luis Guedes de Campos.

sábado, 1 de maio de 2010

O DIA DA MÃE

NASCI NA PRIMAVERA

Nasci na Primavera e trago no peito,
O doce perfume dos lírios e rosas
No seu renascer num lindo canteiro
Janela aberta à primavera em flor
Nasci em Maio em chuvas de lendas
Que caem de mansinho na Natureza
De lágrima de mãe caindo no rosto

que deixam na alma um sabor a mar,
e lavam a dor no seio maternal…
Nasci na Primavera, em voos de quimera
No chilrear mavioso dos passarinhos
Que nos beirais fazem os seus ninhos

Soltando hinos, melodias primaveris
Nasci na primavera no mês de Maria
E trago no peito salmos de amor

fazendo poemas de sonho e magia
Onde bailam sonhos de mocidade…
Num painel pintado com tintas de saudade
Nasci na primavera de manhãs risonhas
Que enchem os campos de lindos florais
Que formam paraíso, jardins divina
is
Nasci na Primavera, mas trago o esplendor
Do sol dourado que desponta o dia
Que solta na alma os hinos de amor
O renascer da Flor – a minha Poesia!

A MINHA MÃE

Quanta dor perdida na voragem.
Sorrisos disfarçados de alegria!...
Tu és quem me dá mais doce imagem,
Grandes lições da vida, no dia-a-dia…

Tu és a mulher cheia de coragem,
Estrela cintilante que alumia…
Tu és a minha Torre de Menagem,
Um soldado que alerta me vigia!

No berço de embalar, rios de cantos
Por ti, pratico o culto dos meus santos
Por ti consagrarei o meu altar!

Mulher Flor! Mulher dourada espiga!
Eu serei tua dor, a grande amiga
Que jamais deixará de te Louvar!

O TEU OLHAR MATERNAL

Vi no teu rosto uma lágrima a cair
Quis analisar mas eu não fui capaz...
Quis fazer poema e não quis desistir
Quis fazer a rima dum rosto de Paz!

Seu Filho querido, vira sucumbir…
Nas garras do mal... traição de Satanás
Num olhar maternal tão doce, a carpir...
Vitrais duma dor, da Mãe muito audaz.

Porque tem grandeza, tão cheia de Luz
Quando o Filho pregado nessa Cruz...
Perdoa mágoas dum sentir profundo.

Virgem Maria... tão cheia de ternura
De Mulher e Mãe, a mais bela escultura...
Que teu olhar doce desça sobre o Mundo!

TERNURA MATERNAL
Eu soletro vogais desde criança,
Na pauta das palavras mais saudosas
Com elas construí as minhas prosas,
Delas fiz do poema a minha lança.

Minha Mãe! No embalar duma esperança
Dessas letras fazia mar de rosas
Embora com as suas mãos rugosas
Traçava novos rumos de bonança!

E naquela cartilha maternal,
Minha mãe, com desvelo sem igual
Nos dava com amor cada lição!

Caminhos de futuro... ela traçou
E por isso lhe devo, o que hoje sou
Na luta que ganhou pela instrução!