sábado, 1 de maio de 2010

O DIA DA MÃE

NASCI NA PRIMAVERA

Nasci na Primavera e trago no peito,
O doce perfume dos lírios e rosas
No seu renascer num lindo canteiro
Janela aberta à primavera em flor
Nasci em Maio em chuvas de lendas
Que caem de mansinho na Natureza
De lágrima de mãe caindo no rosto

que deixam na alma um sabor a mar,
e lavam a dor no seio maternal…
Nasci na Primavera, em voos de quimera
No chilrear mavioso dos passarinhos
Que nos beirais fazem os seus ninhos

Soltando hinos, melodias primaveris
Nasci na primavera no mês de Maria
E trago no peito salmos de amor

fazendo poemas de sonho e magia
Onde bailam sonhos de mocidade…
Num painel pintado com tintas de saudade
Nasci na primavera de manhãs risonhas
Que enchem os campos de lindos florais
Que formam paraíso, jardins divina
is
Nasci na Primavera, mas trago o esplendor
Do sol dourado que desponta o dia
Que solta na alma os hinos de amor
O renascer da Flor – a minha Poesia!

A MINHA MÃE

Quanta dor perdida na voragem.
Sorrisos disfarçados de alegria!...
Tu és quem me dá mais doce imagem,
Grandes lições da vida, no dia-a-dia…

Tu és a mulher cheia de coragem,
Estrela cintilante que alumia…
Tu és a minha Torre de Menagem,
Um soldado que alerta me vigia!

No berço de embalar, rios de cantos
Por ti, pratico o culto dos meus santos
Por ti consagrarei o meu altar!

Mulher Flor! Mulher dourada espiga!
Eu serei tua dor, a grande amiga
Que jamais deixará de te Louvar!

O TEU OLHAR MATERNAL

Vi no teu rosto uma lágrima a cair
Quis analisar mas eu não fui capaz...
Quis fazer poema e não quis desistir
Quis fazer a rima dum rosto de Paz!

Seu Filho querido, vira sucumbir…
Nas garras do mal... traição de Satanás
Num olhar maternal tão doce, a carpir...
Vitrais duma dor, da Mãe muito audaz.

Porque tem grandeza, tão cheia de Luz
Quando o Filho pregado nessa Cruz...
Perdoa mágoas dum sentir profundo.

Virgem Maria... tão cheia de ternura
De Mulher e Mãe, a mais bela escultura...
Que teu olhar doce desça sobre o Mundo!

TERNURA MATERNAL
Eu soletro vogais desde criança,
Na pauta das palavras mais saudosas
Com elas construí as minhas prosas,
Delas fiz do poema a minha lança.

Minha Mãe! No embalar duma esperança
Dessas letras fazia mar de rosas
Embora com as suas mãos rugosas
Traçava novos rumos de bonança!

E naquela cartilha maternal,
Minha mãe, com desvelo sem igual
Nos dava com amor cada lição!

Caminhos de futuro... ela traçou
E por isso lhe devo, o que hoje sou
Na luta que ganhou pela instrução!

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